domingo, 16 de janeiro de 2011

angela wombat


Em tempos foram amigas, Angela era uma espécie de alter-ego daqueles forçados, em alturas de criatividade. Porém existia há muitos anos, e pintava diariamente. Doroteia gostava de escrever, Angela apenas pintava o que não conseguia dizer por palavras.

Nasceu no Cairo, e refugiou-se no Ceilão, é daquelas pessoas que se recusa a aceitar os nomes novos das coisas, até porque Ceilão, soa a chá, soa a exótico, soa a século XIX e a pachás em cima de elefantes.

Angela Wombat nasceu fora de tempo, e viveu como uma rainha, foram-lhe dedicadas canções, e devotados poemas. Era-lhe algo compulsório, o magistral.

Diz-se por aí que é a garota de Ipanema de Jobim.

Expliquem-me

Há anos e anos que estou a tentar compreender a paranóia das donas de casa com as simplórias caixas guardadoras de excedentes chamadas tupperware (erroneamente, visto isso ser uma marca, porém agora é um ícone aplicado a toda a caixa que conseguir aguentar uma sopinha dentro dela).

Começei por reparar no síndrome através da minha mãe, sempre que eu levava uma comidinha boa comigo, recomendava-me sempre que não perdesse a dita caixinha.

Depois assisti a discussões fenomenais por parte da minha tia, que reclamava para ela as tampas desaparecidas em combate, na casa da minha prima.

... até que na semana passada, conheci a faceta tupperwarezeira de mais uma primorada dona de casa, que me cedeu gentilmente uma boa dose de javali num impecavelmente lavado tupperware e nos recomendou afincadamente que não nos esquecessemos de lho devolver. Nisto dou comigo na cozinha a esfregar e esfregar e passar o dedo, na esperança que nenhuma réstia de gordura assombre a caixinha plástica mágica, porque tenho a certeza, que a dona possessiva dela me iria odiar para sempre.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quando doroteia libória...



Quis um cão. Teve-o.
... ou então, um cão chamado cat