mataram as Mulheres Sábias, mataram-nas, como se elas fossem um vírus que nos fazia perder a Razão.
Dantes considerava-me sábia... terei morrido ou perdido a razão?
terça-feira, 29 de setembro de 2009
De Esparta chegarão as dádivas ( II )
Não achei justo, ter logo no inicio um post com um nome, que faz uma menção honrosa, ao não menos honrado Al Berto e depois ter algo tão vazio de conteúdo, fruto da insanidade de três pessoas, que escoavam a raiva de um seminário frustrado, em videos do youtube.
É grave quando me lembro com frequência dele, do MEDO, é sinal que ando a pensar demais, porque o medo tem dessas coisas e por isso tenho de recorrer ao meu bloqueador psicológico do medo, o ditado Tibetano - não te preocupes com algo que ainda não aconteceu, e quando acontecer já não terás de te preocupar - era fácil, não fosse o problema de pessoas como eu, levarem demasiado a sério, as questões de honra.
de Esparta chegarão as dádivas
os esbeltos e velocíssimos galgos
a exactidão musical de um perfil talhado na pedra sonora
duma ilha... conheceremos a solidão
e a indiferença cruel dos deuses
sua inquietante sonolência de ambrósia e musgo
os oráculos aconselham a ingerir
uma mistura de leite coalhado com sangue de poldro
para afastar o receio e as víboras
...
Al Berto , Tentativas para um regresso à terra (3) in O medo
É grave quando me lembro com frequência dele, do MEDO, é sinal que ando a pensar demais, porque o medo tem dessas coisas e por isso tenho de recorrer ao meu bloqueador psicológico do medo, o ditado Tibetano - não te preocupes com algo que ainda não aconteceu, e quando acontecer já não terás de te preocupar - era fácil, não fosse o problema de pessoas como eu, levarem demasiado a sério, as questões de honra.
de Esparta chegarão as dádivas
os esbeltos e velocíssimos galgos
a exactidão musical de um perfil talhado na pedra sonora
duma ilha... conheceremos a solidão
e a indiferença cruel dos deuses
sua inquietante sonolência de ambrósia e musgo
os oráculos aconselham a ingerir
uma mistura de leite coalhado com sangue de poldro
para afastar o receio e as víboras
...
Al Berto , Tentativas para um regresso à terra (3) in O medo
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Conflitos universais
Ir, voltar, não pertencer a lugar nenhum, e sentir que todos os momentos se perdem no presente, e nem as recordações restam depois.
São raízes de uma memória longinqua, pedem-nos para crescermos, mas depois tentam castrar-nos o futuro. sente-se demasiado peso, demasiada culpa pela ausência.
Não é possivel viver assim, nessa angustia de estar sempre longe de algo.
Não se pode viver quando os objectivos que nos confrontam apesar de dizerem algo, são precisamente o contrário.
Falta aqui algo.
São raízes de uma memória longinqua, pedem-nos para crescermos, mas depois tentam castrar-nos o futuro. sente-se demasiado peso, demasiada culpa pela ausência.
Não é possivel viver assim, nessa angustia de estar sempre longe de algo.
Não se pode viver quando os objectivos que nos confrontam apesar de dizerem algo, são precisamente o contrário.
Falta aqui algo.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
SOLARIS e o peso das ideias
"E a Morte Perderá o seu Domínio" Dylan Thomas
E a morte perderá o seu domínio.
Nus, os homens mortos irão confundir-se
com o homem no vento e na lua do poente;
quando, descarnados e limpos, desaparecerem os ossos
hão-de nos seus braços e pés brilhar as estrelas.
Mesmo que se tornem loucos permanecerá o espírito lúcido;
mesmo que sejam submersos pelo mar, eles hão-de ressurgir;
mesmo que os amantes se percam, continuará o amor;
e a morte perderá o seu domínio.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Construções
Cheirava a primavera, um cheiro condensado e que ela dizia feliz (cheiro de relva cortada na verdade).
Ela, que se embrenhava frequentemente em leituras de países longíquos, que não se atrevia sequer a procurar no mapa, com medo que perdessem aquela aura mística que os anunciava. Julgava também ela ser a deusa coroada de alguém, depois de o ler algures, enfim era uma criança vulgar, separada apenas das outras crianças vulgares por um mundo de livros que lhe permitiam fazer aquelas viagens surreais, que mesmo o dinheiro todo do mundo, não podia comprar, porque ainda não existem máquinas do tempo.
Talvez ela daqui a uns anos, se lembre e construa uma.
Ela, que se embrenhava frequentemente em leituras de países longíquos, que não se atrevia sequer a procurar no mapa, com medo que perdessem aquela aura mística que os anunciava. Julgava também ela ser a deusa coroada de alguém, depois de o ler algures, enfim era uma criança vulgar, separada apenas das outras crianças vulgares por um mundo de livros que lhe permitiam fazer aquelas viagens surreais, que mesmo o dinheiro todo do mundo, não podia comprar, porque ainda não existem máquinas do tempo.
Talvez ela daqui a uns anos, se lembre e construa uma.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Coisas e Loisas (conto número I)
Sociedades... desde cedo ela havia sido embuída no espiríto comunitário, de alguém submetido a regras. Logo não se admirou, com o sentimento com a qual a observavam sempre que se deslocava à falésia e olhava para o ponto, onde aqueles dois azuis tão diferentes se encontravam. Apesar disso, para ela o mediterrâneo será sempre verde, mas isso agora não interessa.
Toda as pessoas se haviam mentalizado, que ela já não gostava dele, quando no fundo ela havia sido obrigada a não gostar, porque não se gosta de algo assim, era desumano um amor assim... o que eles não sabem. É que é naquele ponto, naquela junção de azuis, que tudo lhe dói menos, que precisamente se sentia longe desse não sentir.
começa agora a história de Cassandra, profeta, que ainda não sabe, que não é profeta, simplesmente consegue ouvir aquilo que os deuses no seu tédio imortal, susurram.
Toda as pessoas se haviam mentalizado, que ela já não gostava dele, quando no fundo ela havia sido obrigada a não gostar, porque não se gosta de algo assim, era desumano um amor assim... o que eles não sabem. É que é naquele ponto, naquela junção de azuis, que tudo lhe dói menos, que precisamente se sentia longe desse não sentir.
começa agora a história de Cassandra, profeta, que ainda não sabe, que não é profeta, simplesmente consegue ouvir aquilo que os deuses no seu tédio imortal, susurram.
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