segunda-feira, 26 de abril de 2010

Depois da primeira...

... vem o plano b da musica.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Proposta para o novo milenio.

É assustador, não sabermos onde o mundo vai parar, porque ser criativo é isso... ver para além disto, ter a certeza que não vamos parar aqui e tentar conceber o mundo daqui a algum tempo, mesmo que seja a curto prazo.
Ser criativo é por vezes sentir aquele medo, por achar "e agora??? se isto já existe, já foi inventado tudo", porque ser criativo é no fundo, necessitarmos de algo constantemente, e por isso tentarmos imaginar algo que possa preencher lacunas no nosso dia a dia.

Ser criativo é nunca estar contente, e nunca estar parado. se bem que "a preguiça é o motor do progresso"(bruno munari).

Mas isto tudo não é para falar de criatividade, e sim para dizer que o próximo passo da humanidade será a poligamia assumida, o que é aterrador, mas se formos ver, o facebook já é uma pre-concepção desse mundo novo, e o pior de tudo é que, o ser humano está a perder uma das maiores qualidades do acto de viver, que é a frontalidade e a conversa "olhada", estamos tão embrenhados em conversas cibernéticas, que gaguejamos quando temos de lidar pessoalmente com algo.

E hoje em dia é isso estamos todos interligado numa rede mundana, que só nos vai levar para muito longe daquilo que é viver.

E com isto acabo dizendo, que prefiro viver no mundo das conversas sentidas, no mundo das reacções imediatas.

domingo, 18 de abril de 2010

cartas e saberes (cassandra conto II)

Escrevera-a dois anos antes. Naquele momento quando a releu, sentiu aquele arrepio lento e frio de uma maldição, era o passado, que neste presente abria uma porta para o futuro, traçando-o como se de um triste fado se tratasse.
Escrever, sabia-o ela, era a única forma possível no mundo, para sacralizar algo e também paradoxalmente o exorcizar. Aquela carta era a materialização imutável de um minuto de vida que a iria marcar indelevelmente nos 70 anos que a seguiriam. Pois foi naquele minuto, que descobriu que apenas aspirava a uma felicidade contida... medida, e só esta seria possível.
Descobriu que sempre que foi plenamente feliz, as coisas tendencialmente já não seriam maiores que aquilo e era naquele preciso momento que se começava a preocupar com o pior e a deixar de viver o presente, por sofrer com o futuro antecipado, que ela e apenas ela traçara.

Esta Felicidade plena, tinha sempre um sabor de condenação.

Era feliz apenas por ela e para ela.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Carlos Drummond de Andrade

Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

a única de jeito deste grupo esquisito



The Phenomenal Handclap Band

Momento

Grande filme, não há comentários possíveis a tecer, grande actriz, imortalizada pelos mestres do cinema, e acima de tudo uma das melhores bandas sonoras de sempre.
Esta música é única, e o momento em que surgiu na minha vida não poderia ter feito mais sentido.
Deixo aqui a Prima Donna do cinema Italiano, ao som do não menos magistral Ennio Morricone.