segunda-feira, 26 de setembro de 2011

o dia da morte de angela wombat





Quando num dia de monção o sol se abriu naquela terra de ninguém mas de todos, angela wombat sabia que era hora de partir, com uma dignidade que não podia deixar de pautar a sua vida naquele momento, o derradeiro. E sim, esperou pelo sol, porque ela própria era o sol de muita gente, não se podia dar ao luxo de morrer e privar o mundo de dois sóis. Deixou um testamento, que ninguém ousa abrir, porque entretanto já é mito, nunca se abriu por temerem as extravagâncias e porque ninguém estava preparado para elas, dizem que entre os benefícios, consta o elefante oferecido pelo Jagatjit Singh Maharaja de Kapurthala (seu amante), entretanto o elefante está ao cuidado de dona Firmina sua criada pessoal que não vota ao abandono os objectos contadores das histórias da sua mestre.

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