segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

High Society

Adoro a palavra demagogia, descreve muitas pessoas que cruzam no meu caminho, adoro acima de tudo quando alguém me dá razões para aplicar esta palavra numa conversa, devido à minha exímia educação, não posso sair por aí, a apelidar as pessoas de demagogas.
Demagogo é para mim o pior dos insultos, concentra numa só palavra vertentes tão diversas como o cinismo, a hipocrisia, a ilusão e a mentira.
No sábadp passado deparei-me com situações que não podia apagar da minha memória sem antes lhes prestar este digno tributo, ou antes esta digna crítica, para não ser mais agressiva de palavras.
Fui vitíma de uma incursão na alta sociedade e, cada vez tenho mais orgulho de ser quem sou e das minhas modestas origens, não há nada como sentir que a minha casa será sempre um porto seguro sem necessitar de aviso prévio para lá aportar, não há nada como poder tratar a minha mãe por tu, e ela mesmo assim ter a certeza que é a pessoa no mundo por quem terei sempre mais respeito e consideração.

Gosto de saber quem são os meus amigos, e os que não acrescentam nada á minha vida são excluídos com a mesma facilidade com que os recebi de braços abertos, gosto acima de tudo saber as linhas com que me cozo, são poucos, são bons e não os descreverei em tempo algum como abutres.(insulto este que terei de aplicar vezes sem conta na hora de descrever aquilo que observei).

Levei com uma dose de cinismo e de hipocrisia, numa escala tão brutal, que era capaz de matar um cavalo, claro está um cavalito qualquer de um pobre cigano qualquer, porque os lusitanos de sangue conseguem resistir a isso.

Senti-me defraudada, foram horas de raiva acumulada em que tive mesmo vontade de gritar com tudo o que deparava e estava a assistir, chorei imenso, porque nunca em situação alguma na minha vida me senti tão sozinha, nem em todas as horas de solidão com que sou confrontada diariamente, sábado fui assolada por uma solidão desconfortável, impotente, tão só que se tivesse morrido ali, seria tão indiferente áquelas pessoas como a morte de um mosquito.

O mais triste de tudo, foi dirigirem-se a mim, como se eu tivesse ali para mero objecto bajulador, coisa para a qual eu não nasci... Diplomacia. E daí segundo o meu raciocínio que foi pensar, na educação que os meus pais me deram cheia de brio e amor, ter chegado à conclusão que não tenho paciêcia para certas merdas, nem tão pouco para levar coisas entaladas para casa, e ter chamado a "rica" em questão de parte, coisa que só por si já é um escândalo (tentar afrontar alguém com uma conta bancária superior à nossa umas cem mil vezes), e dar-lhe um pequeno recado de como se dirigir a mim, quando o quiser fazer...

Continuem no vosso mundo de fantasia, só espero que nunca tenham de cair do pedestal, porque não vão sobreviver, quando descobrirem o que é viver.

Ps. Estas pessoas que vivem num submundo (só pode), porque eu nunca tinha cruzado com elas a não ser em revistas e mesmo assim achava que era um mundo inventado, tratam-se todos por você, desde a mais perfeita e inocente criança, ao velho mais nojento e deplorável, só não percebo maridos e mulheres que se chamam dessa forma também, será que na hora do desejo, elas gritam "Bernardo venha-me ao cu"?????

3 comentários:

João Moreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Moreira disse...

compreendo-te bem...
mas já devias saber que n é assim q se fala. é "faça-me o sexo anal, por favor" :)

Ireth disse...

Nessa terra deve ser mais Lourenço, Martim ou Salvador.

Citanto o teu amigo que deixou prévio comentário:

"Salvador, faça-me o sexo anal por favor" "Ai Constança, o seu buraquinho é tão apertadinho, que delícia você me saiu."

Melhor mesmo só em brasileiro.